Galileu e Darwin

interpretações naturais, evidências e absurdos

Autores

  • Roberto José Ludwig

Resumo

Este texto pretende demonstrar que, contrariamente ao preceituado pela epistemologia tradicional, o sucesso na afinnação de uma teoria nova frente àquela arraigada no senso comum depende do apelo à ignorância, às hipóteses ad hoc, à propaganda - mais retórica que lógica - e à manipulação das interpretações naturais dos fatos, instilando nelas a confusão conceituai, turvando as evidências sensórias e extraindo absurdos. Ampliando a análise de Feyerabend em Contra o método ao caso darwiniano (fontes: A origem das espécies e Ensaios de 1842/44), este estudo adjudica àqueles procedimentos o sucesso de Galileu e Darwin em estabelecerem concep­ções desprovidas de provas diretas e da naturalidade consensual, como o demonstram suas condutas e obras. Con­clui-se que o epistemólogo deve harmonizar seus preceitos com os fatos da discussão de teorias científicas.

Biografia do Autor

Roberto José Ludwig

Licenciado em Filosofia pela UFRGS.

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Publicado

1991-06-26

Como Citar

Ludwig, R. J. (1991). Galileu e Darwin: interpretações naturais, evidências e absurdos. Revista Da Sociedade Brasileira De História Da Ciência, (6), 21–30. Recuperado de https://rbhciencia.emnuvens.com.br/rsbhc/article/view/409

Edição

Seção

Artigos