A política biológica como projeto

a “eugenia negativa” e a construção da nacionalidade na trajetória de Renato Kehl (1917-1932)

Autores/as

  • Vanderlei Sebastião de Souza

Palabras clave:

Renato Kehl, eugenia, raça, nacionalidade

Resumen

Nesta dissertação, trata-se das idéias eugênicas no Brasil. O objetivo consiste em investigar a trajetória intelectual e o pensamento do médico e eugenista Renato Ferraz Kehl, entre 1917 e 1932. Analisa-se, a um só tempo, o papel desempenhado por esse autor na organização do movimento eugênico brasileiro e as idéias com as quais ele e outros eugenistas se envolveram ao longo do período, especialmente as discussões em torno da construção da nacionalidade. Como principal propagandista da ciência eugênica, Renato Kehl produziu uma vasta obra diretamente relacionada aos temas da eugenia, como as concepções sobre higiene, raça, imigração, controle matrimonial, esterilização, hereditariedade e reprodução humana. Apesar de ter participado do movimento sanitarista e defendido por vários anos um programa eugênico mais“suave”, ao estilo da“eugenia preventiva”, suas idéias foram profundamente reconfiguradas a partir do final dos anos de 1920, o que o aproximou dos pressupostos mais radicais oriundos da“eugenia negativa” alemã, norte-americana e inglesa. Nesse sentido, o interesse central desta pesquisa consiste em analisar o contexto em que se desenvolveu esse processo de radicalização do seu projeto eugênico e, mesmo, em compreender o modo pelo qual suas mudanças de concepções foram recebidas por outros intelectuais e cientistas, o que o tornou um controvertido personagem da história intelectual brasileira.

Publicado

2006-06-19

Cómo citar

Souza, V. S. de. (2006). A política biológica como projeto: a “eugenia negativa” e a construção da nacionalidade na trajetória de Renato Kehl (1917-1932). Revista Da Sociedade Brasileira De História Da Ciência, 4(1), 94–95. Recuperado a partir de https://rbhciencia.emnuvens.com.br/rsbhc/article/view/597

Número

Sección

Teses e dissertação