A "mecânica ondulatória" de Johannes Kepler

Autores

  • Hugo Franco Universidade de São Paulo. Instituto de Física

Resumo

Procuramos neste trabalho estabelecer traços comuns entre a mecânica celeste "harmônica" formu­lada por Kepler em sua obra Harmonia dos Mundos e o modelo de átomo proposto por Niels Bohr na "mecânica quântica antiga". Kepler imaginou que o movimento dos planetas era associado com um "som" abstrato, não au­dível, cuja altura seria proporcional à sua velocidade angular em torno do Sol. As órbitas dos planetas estariam li­gadas a certas cordas vibrantes circulares, divididas em segmentos iguais por polígonos inscritos. A associação de movimento com uma onda poderia ser uma "ancestral" das ondas de matéria de L. de Broglie, enquanto as cordas circulares seriam análogas às órbitas estáveis do átomo de Bohr, interpretadas por de Broglie como "ondas esta­cionárias" de elétrons, com um número inteiro de comprimentos de onda.

Biografia do Autor

Hugo Franco, Universidade de São Paulo. Instituto de Física

Professor Assistente Doutor.

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Publicado

1991-06-26

Como Citar

Franco, H. (1991). A "mecânica ondulatória" de Johannes Kepler. Revista Da Sociedade Brasileira De História Da Ciência, (6), 1–12. Recuperado de https://rbhciencia.emnuvens.com.br/rsbhc/article/view/407

Edição

Seção

Artigos