Uma conversa com Steve Shapin

Autores/as

  • Bernardo J. Oliveira

Palabras clave:

relativismo, relativismo metodológico, estudos sociais da ciência, Steven Shapin, sociologia da ciência

Resumen

Nesta entrevista de Bernardo J. Oliveira com Steven Shapin, o historiador e sociólogo norte-americano fala de seu novo livro – “Science as a Vocation: expert knowledge and personal virtue in late modernity” – e explica sua posição frente ao relativismo, aos filósofos e a chamada guerra das ciências. Shapin afirma que não se considera um relativista no sentido de que todas as opiniões se equivalem, mas defende o relativismo metodológico como a melhor forma de se buscar compreender a história das diferentes ciências. Também registra que muitas estratégias têm sido utilizadas pelos cientistas na busca de credibilidade para seus trabalhos. Por isso, Steven Shapin julga que o historiador das ciências deve considerar como relevante todas as técnicas de persuasão, os artifícios retóricos e apelos que geram confiança. Na crítica aos filósofos, ele afirma que, sem entender como a ciência é feita, estes procuram prescrever uma posição normativa com relação à prática científica. Chama atenção para o fato da crítica à ciência estar sendo tomada como um ataque à verdade, acentuando que é difícil falar de democracia em uma sociedade em que a competência do especialista é poderosa e livre de responsabilidade.

Publicado

2004-12-19

Cómo citar

Oliveira, B. J. (2004). Uma conversa com Steve Shapin. Revista Da Sociedade Brasileira De História Da Ciência, 2(2), 158–162. Recuperado a partir de https://rbhciencia.emnuvens.com.br/rsbhc/article/view/559

Número

Sección

Artigos