Isótopos das águas brasileiras para o desenvolvimento
a hidrologia isotópica, os peritos do Centro de Energia Nuclear na Agricultura e de organizações internacionais no Nordeste e na Amazônia (1968-1978)
DOI:
https://doi.org/10.53727/rbhc.v17i1.1009Palavras-chave:
hidrologia isotópica , Amazônia , Nordeste , Guerra Fria , desenvolvimentoResumo
Este trabalho apresenta os itinerários de cientistas do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) e suas pesquisas sobre as águas do Nordeste e da Amazônia entre 1960 e 1970 e, de forma mais ampla, apresenta a hidrologia isotópica transnacional durante a Guerra Fria. O Cena, vinculado à Comissão Nacional de Energia Nuclear e à Universidade de São Paulo em Piracicaba, fez parte de um convênio de cooperação técnica com as Nações Unidas, gerido pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), e recebeu visitas técnicas de muitos peritos estrangeiros dos Estados Unidos, Europa e Israel. Eneas Salati, professor do Cena, montou o laboratório de ecologia isotópica em 1968 e coordenou uma rede transnacional para auxiliar o governo brasileiro em estudos hidrológicos. Este artigo apresenta a constituição dessa rede e o papel central dos pesquisadores brasileiros na formulação das agendas e dos resultados de pesquisa. Os trabalhos da rede focaram-se principalmente no sertão do Nordeste e na Amazônia, para onde voltavam-se projetos desenvolvimentistas do regime militar, e buscavam apoiar a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Enquanto no projeto no semiárido os pesquisadores buscavam encontrar maneiras de ampliar o acesso à água, numa região caracterizada como carente em recursos hídricos de qualidade, no projeto conduzido na Amazônia os pesquisadores levantavam a hipótese de um equilíbrio entre a floresta e o clima, que poderia ser alterado pelos projetos desenvolvimentistas e o crescente desmatamento.
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Recebido em janeiro de 2024
Aceito em março de 2024
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