Entre livros, lentes e miasmas
as teses médicas da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e a epidemia de cólera (1855-1856)
DOI:
https://doi.org/10.53727/rbhc.v9i1.159Palavras-chave:
teses médicas, cólera-morbus, Higienismo, epidemias no Brasil imperialResumo
Esse artigo propõe uma discussão sobre a produção das teses médicas apresentadas à Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro que dissertaram acerca do cólera-morbus à época em que a epidemia chegou ao Brasil (c.1855). Interessa-nos perceber a influência de determinados autores estrangeiros, lentes da Faculdade, paradigmas médicos, além dos cânones impostos (principal através dos Estatutos) para a confecção do trabalho de final de curso dos “doutorandos”. Esses olhares nos aproximam de algumas questões pertinentes à história da leitura e do livro que, apenas mais recentemente, têm sido pensadas pelos historiadores que se debruçam sobre o “livro médico”. Além disso, buscamos perceber como os “doutorandos” se posicionavam em relação às descrições e “enquadramentos” da “epidemia reinante”, especialmente no que versa sobre sua sintomatologia e as causas apresentadas para sua aquisição.
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