Arqueologia botânica dos jardins de Burle Marx no Recife
A Praça de Casa Forte e a Praça Euclides da Cunha
Palavras-chave:
Desenvolvimento urbano, jardim, arquitetura paisagística, RecifeResumo
O jardim moderno foi criado na cidade do Recife por Roberto Burle Marx na década de 1930. Para o paisagista o desenho de um jardim é uma reintegração estética dos elementos da paisagem envolvente em que a vegetação é o elemento principal. Com essa intenção Burle Marx projetou um conjunto de treze jardins públicos, entre 1935 e 1937, que faziam parte de um plano de aformoseamento do Recife e, dentre eles, destacam-se a Praça de Casa Forte e a Praça Euclides da Cunha por serem seus primeiros projetos. Por incluir seres vivos na sua concepção, a conservação de um jardim agrega a complexidade e a dinâmica do ciclo da vida, e sendo perecível e renovável como especifica a Carta de Florença [1981], a falta de conservação do jardim provoca degradação que somente é revertida com a restauração. Neste sentido, a conservação da vegetação de um jardim histórico tem sua particularidade por se tratar de um verde histórico, que caracteriza o conhecimento da composição florística do projeto original e a atual, configurando desta forma um estudo da arqueologia botânica. Diante disto, o problema que caracteriza o presente estudo estabeleceu-se em torno da ausência de um maior entendimento do verde histórico da Praça de Casa Forte e da Praça Euclides da Cunha. Para tanto, objetivou-se identificar a composição florística do projeto original e a atual dessas praças bem como compará-las com vistas a garantir ações de conservação que concorrerá para a autenticidade. Nesta perspectiva, observou-se que apesar das intervenções ocorridas com relação à vegetação indicada nos projetos originais, a ideia do paisagista permanece.
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