A Telegrafia Elétrica Estatal no Brasil de 1852 – 1914

Autores

  • Mauro Costa da Silva

Palavras-chave:

Telegrafia, história das técnicas, história da ciência, Brasil

Resumo

Esta tese apresenta e analisa a introdução e a expansão das linhas telegráficas elétricas estatais no Brasil, desde o Segundo Império até as primeiras décadas da República. Durante o período imperial o grande nome da telegrafia no Brasil foi Guilherme Schüch de Capanema (1824-1909). Ele instalou a primeira linha telegráfica, em 1852, entre o Paço de São Cristóvão e o Campo da Aclamação, na corte do Rio de Janeiro, e dirigiu a Repartição Geral dos Telégrafos (RGT) até a queda do Império. Sob sua direção as linhas telegráficas se estenderam de norte a sul por todo o litoral, de Belém às fronteiras do Uruguai e Argentina. O desenvolvimento das linhas terrestres enfrentou as dificuldades geográficas naturais e a concorrência com os cabos submarinos das companhias britânicas, instalados a partir de 1873. A nova direção da RGT, instalada no início da República, reconheceu a necessidade de investimentos para conservação das linhas, algumas com mais de vinte anos, e percebeu o agravamento, para a RGT, da disputa pelo tráfego telegráfico com os cabos submarinos. Nesse período, a concorrência com as linhas telegráficas das companhias de estradas de ferro também se intensificou. Além de usadas para o controle do tráfego de trens, as linhas telegráficas das companhias de estradas de ferro passaram a transmitir telegramas com tarifas mais baixas que as da RGT. Por fim, o governo republicano demonstrou também interesse em utilizar o telégrafo como forma de ocupação e controle do território e de suas fronteiras.

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Biografia do Autor

Mauro Costa da Silva

Doutorado em História das Ciências, das Técnicas e Epistemologia) – Instituto de Química – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

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Publicado

03-06-2009

Edição

Seção

Dissertações