“Pândegos, rábulas, gamelas”
conflitos da formação do campo da engenharia e da arquitetura em São Paulo, 1890-1960
DOI:
https://doi.org/10.53727/rbhc.v11i1.69Palavras-chave:
Construtores, não-diplomados, arquitetura, engenharia, São PauloResumo
Este artigo analisa aspectos da formação dos campos da engenharia e da arquitetura em São Paulo em função da legislação que paulatinamente construiu uma nova ordem para os ofícios ligados à construção civil. Principais agentes da produção do espaço urbano, na passagem do século XIX para o XX, os chamados construtores ‘licenciados’ ou não-diplomados não só continuaram atuando após a regulamentação da profissão em 1933 como tiveram importante participação na constituição do mercado de trabalho, no prestígio profissional e nos mecanismos de consagração de duas das mais importantes profissões da sociedade contemporânea. No entanto, por conta de sua paulatina exclusão profissional e de seu apagamento historiográfico, ainda são interpretados como “menores” na história da arquitetura e do urbanismo. Não obstante, suas trajetórias e estratégias de adaptação aos novos tempos trazem à tona uma cidade produzida por centenas de sujeitos de múltiplas nacionalidades e práticas construtivas distintas. Portanto, não se trata apenas de narrar como e por que o movimento corporativista de engenheiros e arquitetos diplomados paulatinamente excluiu os profissionais sem diploma, mas perceber a historicidade dos conflitos que levaram ao controle de campos profissionais em formação.
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