Água e ar em uma cidade higiênica, asséptica, inodora
a produção de um espaço urbano nas crônicas do arquiteto Alfredo Camarate
DOI:
https://doi.org/10.53727/rbhc.v11i1.75Palavras-chave:
Cidade, higiene, água, ar, circulaçãoResumo
Este artigo busca problematizar aspectos que atravessaram a reordenação de espaços urbanos na viragem do século XIX para o XX. Tendo Belo Horizonte como referência, elenca questões que estiveram presentes nas discussões a respeito da construção de uma cidade que se projetava como ideal. A partir de crônicas escritas pelo arquiteto Alfredo Camarate é possível acessar as concepções de cidade que orientavam aqueles envolvidos com a sua construção. As crônicas abordam temas como quantidade e qualidade da água e do ar, perfilando escolhas e repertórios daqueles considerados produtores do espaço urbano. Além disso, tais fontes também ajudam a problematizar os impactos e as contradições de uma intensa transformação social e a compreender como as sensibilidades foram sendo educadas para e por uma cidade que se desejava higiênica e inodora.
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