Controvérsias sobre a natureza da ciência como enfoque curricular para o ensino da física

Autores

  • Alexandre Bagdonas Universidade de São Paulo (USP)
  • João Zanetic Universidade de São Paulo (USP)
  • Ivã Gurgel Universidade de São Paulo (USP)

DOI:

https://doi.org/10.53727/rbhc.v7i2.199

Palavras-chave:

natureza da ciência, cosmologia, jogos didáticos

Resumo

A importância do estudo de episódios da história da ciência como forma de ensinar não só conteúdos científicos, mas também discutir sobre a chamada “natureza da ciência” têm sido amplamente defendidas por pesquisadores do ensino de ciências há muito tempo. Porém, na medida em que se reconhece haver questões controversas sobre a natureza da ciência, é natural que também haja divergências no modo como educadores, cientistas, historiadores, filósofos e sociólogos pensam ser a visão adequada sobre a ciência a ser apresentada às gerações futuras. Na chamada “Guerra das Ciências”, cientistas naturais se opuseram ao questionamento da autoridade da ciência em estudos realizados nas áreas da história, da filosofia e principalmente da sociologia das ciências. Apresentamos uma revisão de debates envolvendo controvérsias sobre a natureza da ciência na educação básica, com foco nas críticas à chamada “visão consensual”, que busca eliminar controvérsias construindo consensos. Defendemos que, ao invés de evitar aspectos controversos na educação básica, uma abordagem filosófica pluralista é mais adequada para formar cidadãos críticos. Para ilustrar como esta postura pode ser levada para a educação básica, apresentamos um jogo didático elaborado por um grupo de pesquisadores do ensino de física e professores do ensino médio, que tem como objetivo fazer uso de episódios da história da cosmologia para estimular debates sobre o valor atribuído pelos alunos à ciência, dando espaço para a discussão de questões prescritivas, não só sobre o que a ciência tem sido, mas sobre o que ela pode, poderia ou deveria ser.

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Biografia do Autor

Alexandre Bagdonas, Universidade de São Paulo (USP)

Doutorando no Programa Interunidades em Ensino de Ciências da Universidade de São Paulo.

João Zanetic, Universidade de São Paulo (USP)

Professor Sênior do Instituto de Física da Universidade de São Paulo.

Ivã Gurgel, Universidade de São Paulo (USP)

Professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo.

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Publicado

27-12-2014

Edição

Seção

Artigos