Censura e mercê
os pedidos de leitura e posse de livros proibidos em Portugal no século XVIII
DOI:
https://doi.org/10.53727/rbhc.v4i2.324Palavras-chave:
censura, livros proibidos, Antigo Regime português, práticas de leituraResumo
Este artigo parte da análise dos documentos da Real Mesa Censória – em particular, os pedidos feitos à censura para ler, possuir e comercializar os livros proibidos de circular no Império Português, sejam os listados no Index romano, sejam os dos editais da segunda metade do século XVIII feitos pela própria Real Mesa Censória. Nos requerimentos em que solicitam o privilégio de poderem comprar ou ler obras proibidas, os requerentes falam de si, tentando apresentar-se como “doutos”, a quem a leitura não será perniciosa, ao mesmo tempo em que dão as razões pelas quais desejam fazer tais leituras – em geral uma explicação sobre a necessidade de adquirir “instrução”, ou “educação, mas também de repudiar as ideias contidas nas obras proibidas.
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