The history of science and science education from the amerindian and amefrican perspectives

Authors

DOI:

https://doi.org/10.53727/rbhc.v15i2.804

Keywords:

history of science, amerindians, amefricanity, science education

Abstract

We argue in this essay, that despite the academic-epistemic racism, counter-histories are necessary methodologies of resistance to emancipatory science education projects committed to democracy. The writings and oralities, forged and articulated in the struggles and experiences of indigenous people and black and quilombola communities in Latin America, propose other futures in which the overcoming of institutional and epistemic racism anchors in the rewriting of the past of science. The history of science and science education will only be able to build education other futures if they are prepared to recognise amerindian and amefrican episthems and cosmologies.

Downloads

Download data is not yet available.

References

ALVES-BRITO, A. Os corpos negros: questões étnico-raciais, de gênero e suas intersecções na física e na astronomia brasileira. Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as v. 12, n. 34, p. 816-840, 2020. DOI: https://doi.org/10.31418/2177-2770.2020.v12.n.34.p816-840

ALVES-BRITO, A. Educação escolar quilombola: desafios para o ensino de física e astronomia. Plurais Revista Multidisciplinar, v. 6, n. 2, p. 60-80, 2021. DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.2447-9373.2021.v6.n1.12204

ALVES-BRITO, A. (org.). Zumbi-Dandara dos Palmares: desafios estruturais e pedagógicos para a promoção da equidade racial no Brasil do século 21. São Paulo: Pragmatha, 2022a.

ALVES-BRITO, A. O racismo institucional e a retomada da UFRGS pelos povos originários. In: ALMEIDA, L. (org). Racismo institucional: o papel das instituições no combate ao racismo. Porto Alegre: Editora dos Autores, 2022b. p. 89-126.

ALVES-BRITO, A.; ALHO, K. Educação para as relações étnico-raciais: um ensaio sobre alteridades subalternizadas nas ciências físicas. Ensaio: Pesquisa em Educação e Ciências, v. 24, e37363, p. 1-19, 2022. DOI: https://doi.org/10.1590/1983-21172022240122

ALVES-BRITO, A.; MASSONI, N. T; GUERRA, A.; MACEDO, J. R. Histórias (in)visíveis nas ciências. I. Cheikh Anta Diop: um corpo negro na física. Revista Brasileira dos Pesquisadores Negros, v. 12, n. 31, p. 290-318, 2020. DOI: https://doi.org/10.31418/2177-2770.2020.v12.n.31.p292-318

ANDERY, M.A.; MICHELETTO, N.; SÉRIO, T.M.P.; RUBANO, D.R.; MOROZ, M.; PEREIRA, M.E.; GIOIA, S.C.; GIANFALDONI, M.; SAVIOLI, M.R.; ZANOTTO, M.L. Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica. Rio de Janeiro: Garamond, 2012.

ANI, M. Yurugu: an African-centered critique of European cultural thought and behavior. Trenton: Africa World Press, 1994.

BACHELARD, G. La formation de l’esprit scientifique. Paris: Vrin, 1986.

BANYWESIZE, E.M. Savoirs, subalternance et quête de liberté: reflexion sur le devenir de l’Afrique à partir de la pensée africaine. Studia, ano 55, n. 2, p. 5-50, 2010.

BITTENCOURT, C. M. F. Ensino de história: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2018.

BLEICHMAR, D. The geography of observation: distance and visibility in the eighteenth-century botanical travel. In: DASTON, L.; LUNBECK, E. (eds.). Histories of scientific observation. Chicago: University of Chicago Press, 2011. p. 373-395.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

BRASIL. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e cultura afro-brasileira”, e dá outras providências. Diário Oficial da União, seção 1, Brasília, n. 8, p. 1, 10 jan. 2003.

BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino da História Afro-brasileira e Africana. Brasília: Secad/MEC, 2004.

BRASIL. Lei n. 11.645, de 10 de março de 2008. Diário Oficial da União, Brasília, 2008.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Decreto n. 6861. Dispõe sobre a Educação Escolar Indígena, define sua organização em territórios etnoeducacionais, e dá outras providências. Brasília: CNE/MEC, 2009.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução n. 8, de 20 de novembro de 2012. Parecer CNE/CEB n. 16 de 2012. Define diretrizes curriculares nacionais para Educação Escolar Quilombola na Educação Básica. Diário Oficial da União, Brasília, 20 nov. 2012.

BRAVO, M. Mission gardens: natural history and global expansion, 1720-1820. In: SCHIEBINGER, L.; SWAN, C. Colonial botany science: commerce and politics in the early modern world. Philadelphia: University of Pennsylvania Press, 2005. p. 49-65.

CARNEIRO, S. Escritos de uma vida. Belo Horizonte: Letramento, 2018.

CARNEY, J. Navegando contra a corrente: o papel dos escravos e da flora africana na botânica do período colonial. África: Revista do Centro de Estudos Africanos, São Paulo, n. 22-23, p. 25-47, 1999. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2526-303X.v0i22-23p25-47

CARNEY, J. Arroz negro: as origens africanas do cultivo do arroz nas Américas. Bissau: Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas, 2018.

CASTRO, Y. P. Camões com Dendê: o português do Brasil e os falares afro-brasileiros. Rio de Janeiro: Topbooks, 2022.

CUNHA JUNIOR, H. Tecnologia africana na formação brasileira. Rio de Janeiro: Ceap, 2010.

DIAGNE, M. Critique de la raison orale: les pratiques discursives en Afrique noire. Paris: Karthala, 2005.

FANON, F. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: Edufba, 2008. DOI: https://doi.org/10.7476/9788523212148

FANON, F. Os condenados da Terra. Lisboa: Letra Livre, 2015.

FERNANDEZ, A.; RODRIGUEZ, E. Etnobotanica del Peru pre-hispano. Trujilo: Ed. Herbarium Truxilense, 2007.

GLEDHILL, S. De guerreiros a doutores negros: a contribuição de Manuel Querino. In: CHALHOUB, S.; PINTO, A. F. M. (orgs). Pensadores negros – pensadoras negras: Brasil, séculos XIX-XX. Cruz das Almas: Editora da UFRB; Belo Horizonte: Fino Traço, 2016. p. 196-212.

GLISSANT, E.; BRITTON, C. Introduction to a poetics of diversity. Liverpool: Liverpool University Press, 2020. DOI: https://doi.org/10.2307/j.ctv12pntsm

GOMES, N.L. O movimento negro educador: saberes construídos nas lutas por emancipação. Petrópolis: Vozes, 2017.

GONZALEZ, L. A categoria político-cultural da amefricanidade. Revista Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, v. 92-93, p. 69-82, 1988.

GONZALEZ, L. Por um feminismo afro-latino-americano: ensaios, intervenções e diálogos. Rio de Janeiro: Zahar, 2020.

GURGEL, I. Reflexões político-curriculares sobre a importância da história das ciências no contexto da crise da modernidade. Caderno Brasileiro de Ensino de Física. v. 37, n. 2, p. 333-350, 2020. DOI: https://doi.org/10.5007/2175-7941.2020v37n2p333

HODSON, D. Nature of science in the science curriculum: origin, development, implications and shifting emphases. In: Matthews, M. (org.). International handbook of research in history, philosophy and science teaching. Berlin: Springer, 2014. DOI: https://doi.org/10.1007/978-94-007-7654-8_28

HOUNTONDJI, P. (org). O antigo e o moderno: a produção do saber na África contemporânea. Mangualde: Edições Pedagô; Luanda: Edições Mulemba, 2012.

HOUNTONDJI, P. La rationalité, une ou plurielle? Dakar: Codesria; Unesco, 2007.

IWANISZEWSKI, S.; VASCONCELLOS, R.M.; GILEWSKI, M. (eds.). La vida bajo el cielo estrellado: la arqueoastronomía y etnoastronomía en Latinoamérica. Varsovia: Editorial de la Universidad de Varsovia, 2021. DOI: https://doi.org/10.31338/uw.9788323554813

KOPENAWA, D.; BRUCE, A. A queda do céu: palavras de um xamã Yanomami. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

KUHN, T. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 1997.

MACEDO, J.R. História da África. São Paulo: Contexto, 2018.

MALDONADO-TORRES, N. Analítica da colonialidade e da decolonolaidade: algumas dimensões básicas. In: Bernardino, C.; Maldonado-Torres, S., Grosfoguel, R. (orgs.). Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. Belo Horizonte: Autêntica, 2018.

MARQUES, Eliane. Por uma psicanálise amefricana. GZH, 27 maio 2022. Disponível em:

https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/eliane-marques/noticia/2022/05/por-uma-psicanalise-amefricana-cl3n868px003j0167blcbuyuv.html. Acesso em: 1 jul. 2022.

MARTINS, A. F. P. Natureza da ciência no ensino de ciências: uma proposta baseada em “temas” e “questões”. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 32, n. 3, p. 703-737, 2015. DOI: https://doi.org/10.5007/2175-7941.2015v32n3p703

MASSONI, N. T.; ALVES-BRITO, A.; CUNHA, A. M. Referencial curricular gaúcho para o ensino médio de 2021: contexto de produção, ciências da natureza e questões étnico-raciais. Revista Educar Mais, v. 5, n. 3, p. 583-605, 2021. DOI: https://doi.org/10.15536/reducarmais.5.2021.2405

MOURA, C. Quilombos: resistência ao escravismo. São Paulo: Expressão Popular, 2020.

MOURA, C.B. de; GUERRA, A. História cultural da ciência: um caminho possível para a discussão sobre as práticas científicas no ensino de ciências? Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, v. 16, n. 3, p. 725-748, 2016.

MUNANGA, K. Negritude: usos e sentidos. Belo Horizonte: Autêntica, 2019.

MUNDURUKU, D. O caráter educativo do movimento indígena brasileiro (1970-1990). São Paulo: Paulinas, 2012.

OLIVEIRA, E. A ancestralidade na encruzilhada. Rio de Janeiro: Apeku, 2021.

PIMENTA, T.S.; GOMES, F. Escravidão, doenças e práticas de cura no Brasil. Rio de Janeiro: Outras Letras, 2016.

PINHEIRO, B.C.; ROSA, K. (orgs.) Descolonizando saberes: a Lei 10.639/2003 no ensino de ciências. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2018.

PRICE, R. Marron societies: rebel slaves communities in the Americas. New York: Anchor Books, 1973.

QUIJANO, A. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, E. (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais: perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: Clacso, 2005. p. 117-142.

RAJ, K. Beyond postcolonialism… and postpositivism: circulation and the global history of science, Isis, v. 104. n. 2, p. 337-347, 2013. DOI: https://doi.org/10.1086/670951

RIBEIRO, D. América Latina: pátria grande. Porto Alegre: Guanabara, 1986.

ROBERTS, L. Situating science in global history: local exchanges and networks of circulation. Itinerario, Cambridge, UK, v. 33, n. 1, p. 9-30, 2009. DOI: https://doi.org/10.1017/S0165115300002680

ROSA, K; ALVES-BRITO, A.; PINHEIRO, B. Pós-verdade para quem? Fatos produzidos por uma ciência racista. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 37, n. 3, p. 1440, 2020. DOI: https://doi.org/10.5007/2175-7941.2020v37n3p1440

SANTOS, A. B. Colonização, quilombos: modos e significações. Brasília: CNPq, 2015.

SANTOS, M. N. dos. Entre o oral e o escrito: a criação de uma oralitura. Babel: Revista Eletrônica de Línguas e Literaturas Estrangeiras, v. 1, n. 1, p. 12-26, 2011.

SCHIEBINGER, L. Plants and empire: colonial bioprospecting in the Atlantic World. Cambridge: Harvard University Press, 2007. DOI: https://doi.org/10.4159/9780674043275

SCHWARCZ, L.M.; STARLING, H.M. Brasil, uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

SMITH, L. T. Descolonizando metodologias: pesquisa e povos indígenas. Curitiba: Editora da UFPR, 2018.

SPIVAK, G. C. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.

VIANA, E.E.S. Relações raciais, gênero e movimentos sociais: o pensamento de Lélia Gonzalez (1970-1990). Dissertação (Mestrado em História Comparada) – Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2006.

VIDEIRA, A. A. P. Historiografia e história da ciência. Escritos, v. 1, n. 1, p. 111-158, 2007.

Published

2022-12-17

Issue

Section

Special issue