La Colonia de Mujeres de Engenho de Dentro
primera institución psiquiátrica femenina del país y sus internas, 1911-1932
DOI:
https://doi.org/10.53727/rbhc.v18i1.1070Palabras clave:
Historia de la atención psiquiátrica, Historia de las mujeres, Historia del Brasil republicanoResumen
El objetivo de este artículo es brindar un pequeño conocimiento de la historia de la Colonia de Mujeres de Engenho de Dentro, discutiendo su proceso de creación y las políticas de las administraciones de Braule Pinto (1911-1918) y Gustavo Riedel (1918-1932), e identificar y analizar las principales variables sociodemográficas y clínicas de la población asilada. En esta investigación se tomaron como fuentes principales 2 Libros de Registro de Pacientes (1911-1918 y 1919-1934) y 19 Libros de Observación Clínica (1911-1932). Como método se optó por un enfoque cuantitativo con enfoque descriptivo. Para abordar la mencionada población psiquiátrica, construimos una base de datos con información de registro de los 2.590 hospitalizados entre agosto de 1911 y diciembre de 1932 (nombre, color, nacionalidad, edad, profesión, estado civil, origen, institución de ingreso, diagnóstico, fecha de ingreso al hospital). hospital y la colonia, y salida de la colonia). Los datos objetivos de los Libros de Observación como diagnóstico, pronóstico, tratamiento y tipo de trabajo al que se dedica también conformaron la base de datos de esta investigación. Además, incluimos en la investigación documentos administrativos que nos permiten comprender el funcionamiento de las dos administraciones. En el campo teórico, nos apoyamos en la historia de la medicina “desde abajo” (Porter, 1985), la historia cultural de la psiquiatría (Huertas, 2012, 2013, 2017, 2020) y la epistemología social feminista de Donna Haraway (2009).
Descargas
Citas
ACCORSI, G.E. Sífilis, loucura e civilização: a paralisia geral progressiva e a institucionalização do campo neuropsiquiátrico no Rio de Janeiro. Tese (Doutorado em História das Ciências e da Saúde) – Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, Rio de Janeiro, 2020.
ALMEIDA, W. A vida do estudante Kohler Riedel. Anais da Colônia Gustavo Riedel, Rio de Janeiro: Imprensa Oficial, 1943. p. 295-301.
AMBULATÓRIO RIVADÁVIA CORRÊA. Serviço de profilaxia das doenças nervosas e mentais. Assistência a Alinados. Rio de Janeiro: Papelaria e Livraria Gomes Pereira, 1920.
ARIZA, M.B.A. Bad mothers, labouring children: emancipation, tutelage and motherhood in São Paulo in the last decades of the nineteenth century. Slavery & Abolition, v. 38, n. 2, p. 408-424, 2017. DOI: https://doi.org/10.1080/0144039X.2017.1317069
AUSTREGÉSILO, A. Histeria e síndrome histeroide. Arquivos Brasileiros de Psiquiatria, Neurologia e Medicina Legal, Rio de Janeiro, v. 5, n. 1-2, p. 59-77, 1909.
AZEVEDO, R.C.S. de. O desfalque, o inquérito e as Comissões de Inspeção: a Assistência a Alienados no Brasil (1902-1925). Dissertação (Mestrado em História) – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012.
BERRIOS, G. Historia de los síntomas de los trastornos mentales: la psicopatología descriptiva del siglo XIX. México, DF: Fondo de Cultura Económica, 2012.
BIRMAN, J. A cena constituinte da psicose maníaco-depressiva no Brasil. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, v. 17, supl. 2, 2010. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0104-59702010000600005. Acesso em 20 de maio de 2024. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-59702010000600005
BRASIL. Assistência pública e privada no Rio de Janeiro (Brasil). História e estatística. Comemoração do Centenário da Independência Nacional. Rio de Janeiro: Typographia do Annuário do Brasil, 1922a.
BRASIL. Relatório apresentado ao Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil pelo Ministro de Estado da Justiça e Negócios Interiores Dr. Joaquim Ferreira Chaves. Abril de 1922. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1922b. Disponível em: http://ddsnext.crl.edu/titles/107#?c=0&m=101&s=0&cv=2&r= 0&xywh=-1439%2C0%2C4780%2C3371. Acesso em: 10 maio 2024.
CASTEL, R. As metamorfoses da questão social: uma crônica do salário. Petrópolis: Vozes, 1998.
CAULFIELD, S. Em defesa da honra: moralidade, modernidade e nação no Rio de Janeiro (1918-1940). Campinas: Editora da Unicamp, 2000.
CLAPER, J.R. Colônia agrícola para alienados no Rio de Janeiro (1890-1924): discursos, projetos e práticas na assistência ao alienado. Tese (Doutorado em História das Ciências e da Saúde) – Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, Rio de Janeiro, 2020.
CONSEGLIERI GÁMEZ, A.M. El Manicomio Nacional de Leganés en la posguerra española (1939-1952): aspectos organizativos y clínico asistenciales. Tese (Doutorado em Medicina) – Universidad Complutense, Madrid, 2013.
CUNHA, M.C.P. O espelho do mundo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.
CUNHA, M.C.P. Loucura, gênero feminino: as mulheres do Juquery na São Paulo do início do século XX. Revista Brasileira de História, v. 9, n. 18, p. 121-144, 1989.
DORLIN, E. Do uso epistemológico e político das categorias “sexo” e “raça”. Periódicus, Salvador, n. 5, v. 1, p. 254-271, 2016. DOI: https://doi.org/10.9771/peri.v1i5.17191
ENGEL, M. Psiquiatria e feminilidade. In: PRIORE, M. del (org.). História das mulheres no Brasil. São Paulo: Editora da Unesp; Contexto, 2004. p. 322-361.
FONSECA, C. Ser mulher, mãe e pobre. In: PRIORE, M. del (org.). História das mulheres no Brasil. São Paulo: Editora da Unesp; Contexto, 2004. p. 510-553.
GOLCMAN, A. Interpretación de la locura y acciones concretas en el Hospital José A. Esteves, de Lomas de Zamora: 1908-1971. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) – Universidad Nacional de General Sarmiento, Polvorines (Argentina), 2015.
GOLCMAN, A. Un largo encierro para las locas en la provincia de Buenos Aires: el Hospital Neuropsiquiátrico de Lomas de Zamora, 1908-1971. In: MOLINA, A.R.; HONORATO, M.R. (coord.). De manicomios a instituciones psiquiátricas: experiencias en Iberoamérica, siglos XIX y XX. Ciudad de Mexico: Sílex, 2022.
GRAHAM, S.L. Proteção e obediência: criadas e seus patrões no Rio de Janeiro, 1860-1910. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
HARAWAY, D. Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, Campinas, n. 5, p. 7-41, jan. 2009.
HOCHMAN, G. Regulando os efeitos da interdependência: sobre as relações entre saúde pública e construção do Estado (Brasil, 1910-1930). Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 6, n. 11, p. 40-61, 1993.
HUERTAS, R. Historia cultural de la psiquiatría. Madrid: Catarata, 2012.
LIMA, A.L.G.S. de; PINTO, M.M.S. Fontes para a história dos 50 anos do Ministério da Saúde. História, Ciências, Saúde–Manguinhos, v. 10, p. 1037-1051, 2003. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-59702003000300012
LIMA, H.E. Sob o domínio da precariedade: escravidão e os significados da liberdade de trabalho no século XIX. Topoi, Rio de Janeiro, v. 6, p. 289-326, 2005. DOI: https://doi.org/10.1590/2237-101X006011004
LIMA, R.G. de. Senhores e possuidores de Inhaúma: propriedades, famílias e negócios da terra no rural carioca “oitocentista” (1830-1870). Tese (Doutorado em História) – Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2016.
MALUF, M.; MOTT, M.L. Recônditos do mundo feminino. In SEVCENKO, N. (org.). História da vida privada no Brasil. v. 3. República: da Belle Époque à era do rádio, 1998. p. 367-92.
MATHIAS, C.M. O Pavilhão de Observação na psiquiatria do Distrito Federal: a gestão de Henrique Roxo (1921-1945). Dissertação (Mestrado em História das Ciências e da Saúde) – Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, Rio de Janeiro, 2017.
MELO, H.P. de; THOMÉ, D. Mulheres e poder: histórias, ideias e indicadores. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2018.
MORAES, M.C. de. No canto do isolamento: loucura e tuberculose no Hospício Nacional de Alienados (1890-1930). Tese (Doutorado em História das Ciências e da Saúde) – Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, Rio de Janeiro, 2020.
MUÑOZ, P.F.; DIAS, A. Degeneração, subalternidade e favela: Anália, “uma mulher de cor preta” no Rio de Janeiro pós-abolicionista. Revista Maracanan, n. 27, p. 194-221, 2021. DOI: https://doi.org/10.12957/revmar.2021.57276
NASCIMENTO, D. Fundação Ataulpho de Paiva, Liga Brasileira contra a Tuberculose: um século de luta. Rio de Janeiro: Faperj; Quadratim, 2002.
NEPOMUCENO, B. Mulheres negras: protagonismo ignorado. In PEDRO, J.M.; PINSKY, C. B. (orgs.). Nova história das mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 2013. p. 382-409.
NEVES, A. Gustavo Riedel e o Ambulatório Rivadávia Correia. Anais da Colônia Gustavo Riedel. Rio de Janeiro: Imprensa Oficial, 1943. p. 281-285.
NOVELLA, E.J.; HUERTAS, R. El síndrome de Kraepelin-Bleuler-Schneider y la conciencia moderna: una aproximación a la historia de la esquizofrenia. Clínica y Salud, v. 21, n. 3, p. 205-219, 2010. DOI: https://doi.org/10.5093/cl2010v21n3a1
NUNES, S.A. Histeria e psiquiatria no Brasil da Primeira República. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, v. 17, supl. 2, p. 373-389, 2010. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-59702010000600006
ODA, A.M.G.R. A paranoia em 1904: uma etapa na construção nosológica de Emil Kraepelin. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, v. 13, p. 318-332, 2010. DOI: https://doi.org/10.1590/S1415-47142010000200012
OLINTO, P. Diagnóstico diferencial entre alguns casos de demência precoce e loucura maníaco-depressiva. Arquivos Brasileiros de Psiquiatria, Neurologia e Medicina Legal, Rio de Janeiro, ano VII, n. 1-2, p. 123-132, 1911.
OLINTO, P. Terapêutica ocupacional e orientação profissional. Anais da Colônia de Psicopatas, Rio de Janeiro, p. 7-18, 1929.
OLIVEIRA, P.M. de. Hospital de São Sebastião (1889-1905): um lugar para a ciência e um lazareto contra as epidemias. Dissertação (Mestrado em História das Ciências e da Saúde) – Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, Rio de Janeiro, 2005.
PEREIRA, T.A.Z. Mortalidade entre brancos e negros no Rio de Janeiro após a abolição. Estudos Econômicos, São Paulo, v. 46, n. 2, p. 439-469, 2016. DOI: https://doi.org/10.1590/0101-416146266taz
PIMENTEL, L. Scurvy: historical review and current diagnostic approach. The American Journal of Emergency Medicine, v. 21, n. 4, p. 328-332, 2003. DOI: https://doi.org/10.1016/S0735-6757(03)00083-4
PINSKY, C.B. A era dos modelos rígidos. In PEDRO, J. M.; PINSKY, C. B. (orgs.). Nova história das mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, p. 469-512, 2013.
PORTER, R. The patient's view: doing medical history from below. Theory and Society, v. 14, n. 2, p. 175-198, 1985. DOI: https://doi.org/10.1007/BF00157532
RIEDEL, G. Cinco anos de administração em Engenho de Dentro. Relatório apresentado ao professor Juliano Moreira, diretor-geral da Assistência a Alienados, pelo Dr. Gustavo Riedel, diretor da Colônia de Alienadas e titular da Academia Nacional de Medicina. Rio de Janeiro: Typographia do Jornal do Commercio, 1924.
RIEDEL, G. Atas e trabalhos da Liga Brasileira de Higiene Mental. Ata da sessão do conselho executivo realizada em fevereiro de 1925. Arquivos Brasileiros de Higiene Mental, Rio de Janeiro, ano I, n. 1, p. 208-216, 1925.
RIVERA-GARZA, C. La Castañeda: narrativas dolientes desde el manicomio general, México, 1910-1930. Ciudad de México: Tiempo de Memoria, 2022.
RIZZINI, I.; RIZZINI, I. A institucionalização de crianças no Brasil: percurso histórico e desafios do presente. São Paulo: Loyola, 2004.
ROXO, H. Manual de Psiquiatria. 3. ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1938.
SANGLARD, G. Entre os salões e o laboratório: Guilherme Guinle, a saúde e a ciência no Rio de Janeiro, 1920-1940. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2008.
SANGLARD, G.; COSTA, R. da G.-R. Direções e traçados da assistência hospitalar no Rio de Janeiro (1923-1931). História, Ciências, Saúde – Manguinhos, v. 11, n. 1, p. 107-141, 2004. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-59702004000100007
SOIHET, R. Mulheres pobres e violência no Brasil urbano. In: PRIORE, M. del (org.). História das mulheres no Brasil. São Paulo: Editora da Unesp; Contexto, 2004. p. 362-400.
SOUZA, F.F. de. “Um conflito que se agrava dia a dia”: as relações de trabalho no serviço doméstico em um cenário de crise (cidade do Rio de Janeiro, 1890 a 1920). História Unisinos, v. 26, n. 2, p. 296-311, 2022.
STEPAN, N. Eugenia no Brasil, 1917-1940. In: HOCHMAN, G.; ARMUS, D. (orgs.). Cuidar, controlar, curar: ensaios históricos sobre saúde e doença na América Latina e Caribe. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2004. p. 331-391.
STEPAN, N. “A hora da eugenia”: raça, gênero e nação na América Latina. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2005.
TOLEDO, E.T. de. A circulação e aplicação da psicocirurgia no hospital psiquiátrico do Juquery, São Paulo: uma questão de gênero (1936-1956). Porto Alegre: Editora da PUCRS, 2022.
VENANCIO, A.T.A.; CARVALHAL, L. Juliano Moreira: a psiquiatria científica no processo civilizador brasileiro. In: DUARTE, L.F.D.; RUSSO, J.; VENANCIO, A.T.A. (org.). Psicologização no Brasil: atores e autores. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2005. p. 65-83.
VENANCIO, A.T.A.; DIAS, A.T. (org.). O Hospício da Praia Vermelha: do Império à República (Rio de Janeiro, 1852-1944). São Paulo: Editora da Unesp; Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2022. DOI: https://doi.org/10.7476/9786557081723
VENANCIO, A.T.A. Trabajar la tierra para curar la mente en el sertão carioca: la Colonia Juliano Moreira, 1912-1981. In: RÍOS MOLINA, A.; RUPERTHUZ HONORATO, M. (coords.). De manicomios a instituciones psiquiátricas: experiencias en Iberoamérica, siglos XIX y XX. Ciudad de México: Unam, 2022. p. 445-496.
WINNICOTT, D.W. Distorção do ego em termos de falso e verdadeiro self (1960). In: WINNICOTT, D.W. O ambiente e os processos de maturação: estudos sobre a teoria do desenvolvimento emocional. Tradução de Irineu Constantino Schuch Ortiz. Porto Alegre: Artmed, 1983. p. 128-139.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Carine Neves Alves da Silva

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.