As formas de pensar a vida como objeto de estudo primordial da biologia
DOI:
https://doi.org/10.53727/rbhc.v14i2.691Palabras clave:
filosofia da biologia, estilos de pensamento, Ludwig Fleck (1896-1961)Resumen
A constituição da biologia enquanto ciência autônoma, com um corpo de ideias que se apartam da tutela prioritária de características físicas e químicas, se apresenta como um processo em que coexistem diferentes percepções do objeto vida. Este artigo tem como objetivo discutir a dinâmica desse objeto a partir da epistemologia de Ludwig Fleck (1896-1961) ao considerar que as construções epistemológicas do fenômeno vida podem ser reconhecidas no desenvolvimento do pensamento biológico como “estilos de pensamento biológico”. O Estilo de Pensamento determina as ideias que serão desenvolvidas dentro de um Coletivo de Pensamento, pois é o estilo que direciona a reelaboração dessas ideias. Sendo assim, o conceito de vida foi direcionado pelo estilo de pensamento biológico dominante em cada período histórico e colaborou para o pensamento biológico atual. A partir desse entendimento, é possível utilizar a construção do conceito de vida como uma valiosa estratégia para compreender o passado, segundo nossa visão de mundo, e o presente, mediante visões de mundo que contribuíram para o desenvolvimento do pensamento biológico.
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