A Guerra Fria e as perspectivas ocidentais sobre a ciência soviética

Resumo

Este ensaio apresenta uma síntese das perspectivas dominantes sobre a ciência soviética ao longo da Guerra Fria buscando entender como elas refletiram nas perspectivas dominantes sobre a ciência soviética. Três principais tendências são apresentadas. A saber, a interpretação totalitária, que ressoava com as visões de Robert Merton e Karl Popper de que a ciência se desenvolve melhor em regimes democráticos; os revisionistas, que se assemelham a algumas escolas de sociologia da ciência tanto em sua motivação para subverter as perspectivas dominantes em sua disciplina quanto em suas escolhas metodológicas; e finalmente, as perspectivas pós-revisionistas surgidas após a queda da União Soviética. A conclusão discute como a historiografia da União Soviética ressoa com a afirmativa de Christopher Hill de que a história precisa ser reescrita a cada geração.