Ameríndios e europeus no novo mundo

a dualidade natureza-cultura no Brasil colonial

Autores

  • João Carlos Martins das Mercês Junior Universidade Federal do Pará (UFPA)
  • Érico Silva Muniz Universidade Federal do Pará (UFPA)
  • Vanderlúcia da Silva Ponte Universidade Federal do Pará (UFPA)

DOI:

https://doi.org/10.53727/rbhc.v13i1.21

Palavras-chave:

Ameríndios, europeus, naturezas, culturas, conhecimento híbrido, paradigmas científicos

Resumo

Este trabalho analisa concepções de natureza e cultura no Novo Mundo – atores e fenômenos, mentalidades e consciências – que constituem e possibilitam o surgimento e produção de um conhecimento híbrido no mundo colonial. Para tanto, consideraremos a perspectiva de Bruno Latour e sua Teoria Ator-Rede buscando compreender os contextos e agentes que suscitam, determinam e sistematizam uma complexa e intricada rede de informações e relações de influência e poder. Veremos que ameríndios e europeus, guiados pelos fios condutores em uma trama de relacionamentos – que os definia como actantes e sujeitos, vetores e produto de uma realidade instável e multifacetada – puderam, nas intersecções entre suas respectivas natureza e cultura, afetar-se mutuamente, sintetizando-as ao longo dos tempos em algo mais complexo. Neste sentido e paradoxalmente, dentro de um efervescente horizonte de eventos sociopolíticos e formação de consciências históricas, perceberemos também uma série de conhecimentos mestiços e paradigmáticos como frutos da tentativa de afastar e distinguir natureza e cultura; o combate ao primitivismo frente à expansão da civilização ocidental.

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Biografia do Autor

João Carlos Martins das Mercês Junior, Universidade Federal do Pará (UFPA)

pesquisador na Faculdade de História da Universidade Federal do Pará (UFPA)

Érico Silva Muniz, Universidade Federal do Pará (UFPA)

Professor adjunto da Faculdade de História e do Programa de Pós-Graduação em Linguagens e Saberes na Amazônia da Universidade Federal do Pará (UFPA).

Vanderlúcia da Silva Ponte, Universidade Federal do Pará (UFPA)

Professora adjunta da Faculdade de História e do Programa de Pós-Graduação em Linguagens e Saberes na Amazônia da Universidade Federal do Pará (UFPA).

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Publicado

14-06-2020

Edição

Seção

Artigos