Ameríndios e europeus no novo mundo
a dualidade natureza-cultura no Brasil colonial
DOI:
https://doi.org/10.53727/rbhc.v13i1.21Palabras clave:
Ameríndios, europeus, naturezas, culturas, conhecimento híbrido, paradigmas científicosResumen
Este trabalho analisa concepções de natureza e cultura no Novo Mundo – atores e fenômenos, mentalidades e consciências – que constituem e possibilitam o surgimento e produção de um conhecimento híbrido no mundo colonial. Para tanto, consideraremos a perspectiva de Bruno Latour e sua Teoria Ator-Rede buscando compreender os contextos e agentes que suscitam, determinam e sistematizam uma complexa e intricada rede de informações e relações de influência e poder. Veremos que ameríndios e europeus, guiados pelos fios condutores em uma trama de relacionamentos – que os definia como actantes e sujeitos, vetores e produto de uma realidade instável e multifacetada – puderam, nas intersecções entre suas respectivas natureza e cultura, afetar-se mutuamente, sintetizando-as ao longo dos tempos em algo mais complexo. Neste sentido e paradoxalmente, dentro de um efervescente horizonte de eventos sociopolíticos e formação de consciências históricas, perceberemos também uma série de conhecimentos mestiços e paradigmáticos como frutos da tentativa de afastar e distinguir natureza e cultura; o combate ao primitivismo frente à expansão da civilização ocidental.
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