“O vinho do homem morto”: indígenas e cientistas em reportagens sobre a ayahuasca na primeira metade do século XX

Vinícius Maurício de Lima; Maria Gabriela Silva Martins da Cunha Marinho

doi:10.53727/rbhc.v16i1.829

Autores

Vinícius Maurício de Lima Universidade Federal do ABC https://orcid.org/0000-0001-5111-3409
Maria Gabriela Silva Martins da Cunha Marinho Universidade Federal do ABC/Museu Histórico da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo https://orcid.org/0000-0002-5698-0437

DOI:

https://doi.org/10.53727/rbhc.v16i1.829

Palavras-chave:

ayahuasca, Renascimento psicodélico, história das ciências , história indígena

Resumo

Nosso objetivo foi analisar a inter-relação entre ayahuasca e ciência na cobertura jornalística da primeira metade do século XX. Embora o “Renascimento psicodélico” seja associado aos anos 1960-1970, quando pesquisas sobre substâncias psicoativas foram suspensas devido às políticas antidrogas e ao sensacionalismo midiático, questionamos como era a cobertura jornalística sobre pesquisas com a ayahuasca no início daquele século. Por meio de uma análise de reportagens de O Globo, concluímos que cientistas se interessavam por aspectos botânicos, farmacológicos e psiquiátricos da beberagem, mas incitavam à criminalização dos usos indígenas. Essas pesquisas trazem tópicos para um debate mais plural sobre o Renascimento psicodélico.

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