Abordagem multicontextual da história da ciência

uma proposta para o ensino de conteúdos históricos na formação de professores

Autores

  • Breno Arsioli Moura Universidade Federal do ABC - UFABC
  • Cibelle Celestino Silva Universidade de São Paulo - USP

DOI:

https://doi.org/10.53727/rbhc.v7i2.676

Palavras-chave:

história da ciência, abordagem contextualizada, ensino de ciências, formação de professores

Resumo

Este artigo apresenta uma proposta de ensino contextualizado de conteúdos históricos para a formação de professores, denominada Abordagem Multicontextual da História da Ciência (AMHIC). Na AMHIC, os episódios históricos são estudados a partir de um viés problematizador e por meio de três contextos: científico, metacientífico e pedagógico. Apresentamos dois exemplos de como episódios históricos podem ser trabalhados pela AMHIC e, no final do texto, discutimos alguns pressupostos gerais para que os educadores possam utilizála em outras situações de formação inicial ou continuada de professores

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

MARTINS, R. A. Sobre o papel da história da ciência no ensino. Boletim da Sociedade Brasileira de História da Ciência, n. 9, p. 3-5, 1990.

HOLTON, G. What historians of Science and the Science educators can do for one anothers Science Education, v. 12, n. 7, p. 603-616, 2001.

MATTHEWS, M. R. Science teaching - the role of history and philosophy of science. New York: Routledge, 1994.

CARVALHO, A. M. P.; CASTRO, R. S. La historia de la ciencia como herramienta para la enseñanza de física en secundaria: un ejemplo en calor y temperatura. Enseñanza de las ciências, v. 10, n. 3, p. 289-294, 1992. BARROS, M. A.; CARVALHOS, A. M. P. A história da ciência iluminando o ensino de visão. Ciência e Educação, v. 5, n. 1, p. 83-94, 1998.

BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: ensino médio. Brasília: Ministério da Educação, 1999.

HÖTTECKE, D.; SILVA, C. C. Why implementing history and philosophy of science in school science education is a challenge: an analysis of obstacles. Science & Education, v. 20, n. 3-4, p. 293-316, 2011.

FORATO, T. C. M.; MARTINS, R. A.; PIETROCOLA, M. History and nature of science in high school: Building up parameters to guide educational materials and strategies. Science & Education, v. 21, n. 5, p. 657-682, 2012.

MARTINS, A. F. História e filosofia da ciência no ensino: há muitas pedras nesse caminho. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 24, n. 1, p. 112-31,

MARTINS, A. F., op. cit., 2007, p. 127.

MOURA, B. A. Formação crítico-transformadora de professores: uma proposta a partir da História da Ciência. 2012. Tese (Doutorado) – Universidade de São

Paulo, São Paulo, 2012.

GIL-PÉREZ, D. et al. Para uma imagem não deformada do trabalho científico. Ciência & Educação, v. 7, n. 2, p. 125-53, 2001.

EFLIN, J. T.; GLENNAN, S.; REISCH, G. The nature of science: A perspective from the philosophy of science. Journal of Research in Science Teaching, v. 36, n. 1, p. 107-16, 1999.

MCCOMAS, W. F.; ALMAROA, H.; CLOUGH, M. P. The nature of science in science education: An introduction. Science & Education, v. 7, n. 6, p. 511-32,

PUMFREY, S. History of science in the National Science Curriculum: a critical review of the resources and their aims. British Journal for the History of Science, v. 24, n. 1, p. 61-78, 1991.

MOURA, B.A., op. cit., 2012.

SILVA, C. C. A teoria das cores de Newton: um estudo crítico do Livro I do Opticks. 1996. Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1996.

SILVA, C. C.; MARTINS, R. A. A teoria das cores de Newton: um exemplo do uso da história da ciência em sala de aula. Ciência e Educação, v. 9, n. 1, p. 53-65, 2003.

SILVA, C. C.; MOURA, B. A. A natureza da ciência por meio de episódios históricos: o caso da popularização da óptica newtoniana. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 30, n. 1, 1602, 2008.

MOURA, B. A.; SILVA, C. C. Newton antecipou o conceito de dualidade onda-partícula da luz? Latin American Journal of Physics Education, v. 2, n. 3, p. 218-27, 2008.

WESTFALL, R. Never at rest, a biography of Isaac Newton. Cambridge: Cambridge University Press, 1980.

HALL, A. R. All was light: an introduction to Newton’s “Opticks”. Oxford: Claredon Press, 1993.

SHAPIRO, A. E. Fits, passions, and paroxysms. Cambridge: Cambridge University Press, 1993.

SABRA, A. I. Theories of light from Descartes to Newton. London: Cambridge University Press, 1981.

CHALMERS, A. F. O que é Ciência, afinal? São Paulo: Brasiliense, 1993.

GIL-PÉREZ, D. et al., op. cit., 2001, p. 129.

MARTINS, R. A. Orsted e a descoberta do eletromagnetismo. Cadernos de História e Filosofia da Ciência, v. 10, p. 89-114, 1986.

HEILBRON, J. L. Electricity in the 17th and 18th centuries. Berkeley: University of California Press, 1999.

WHITTAKER, E. A history of the theories of aether and electricity – the classical theories. London, New York: Thomas Nelson and Sons Ltd, 1951.

MARTINS, R. A. Resistance to the discovery of electromagnetism: Ørsted and the symmetry of the magnetic field. In: BEVILACQUA, F.; GIANNETTO, E. Volta and the history of electricity. `Pavia/Milano: Università degli Studi di Pavia, Editore Ulrico Hoepli, 2003.

MARTINS, R. A. Oersted e a descoberta do eletromagnetismo. Cadernos de História e Filosofia da Ciência, v. 10, p. 89-114, 1986.

SILVA, C. C. Pierre Curie e a simetria das grandezas eletromagnéticas. In: SILVA, C.C. (ed.). Estudos de História e Filosofia das Ciências: subsídios para aplicação no ensino. São Paulo: Livraria da Física, 2006.

GOWER, B. Speculation in physics: the history and practice of Naturphilosophie. Studies in History and Philosophy of Science, n. 4, 1973.

GIL-PÉREz, D. et al., op. cit., 2001, p. 129.

Hansteen relatou por meio de carta a Michael Faraday (1791-1867) uma versão da “descoberta” em que esta é atribuída essencialmente ao acaso. Na descrição de Hansteen, Oersted parece não ter razões para colocar o fio paralelo à agulha. Esta versão é desconstruída no texto de Roberto Martins (nota 30).

CHAIB, J. P. M. C.; ASSIS, A. K. T. Experiência de Oersted em sala de aula. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 29, n. 1, p. 45-51, 2007.

LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.

ERICSON, F. Qualitative research methods for science education. In: FRASER, B. J.; TOBIN, K. G. International handbook of science education. Dordrecht: Kluwer Academic Publishers, 1998.

MOURA, B. A., op. cit., 2012.

PORRA, A. C.; SALES, N. L. L.; SILVA, C. C. Concepções de natureza da ciência: adaptação de um instrumento para aplicação em alunos de licenciatura de universidades públicas brasileiras. In: Encontro de Pesquisa em Educação em Ciências, 8. Anais..., 2011.

Por conta da greve das universidades federais ocorrida em meados de 2012, não foi possível o contato com os outros dois participantes.

MARTINS, R. A. Como não escrever sobre história da ciência - um manifesto historiográfico. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 23, n. 1, p. 113-29, 2001.

Downloads

Publicado

14-04-2007

Edição

Seção

Artigos